Quais as categorias maduras e quais as promissoras no mercado de alimentos plant-based?

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Olá pessoal, tudo bem?

Quais as categorias maduras e quais as promissoras no mercado de alimentos plant-based?

O ano de 2019 foi o ano das carnes fakes no Brasil, assim como 2018 foi o ano das bebidas vegetais, com crescimento de 51%, segundo a Euromonitor. E para 2020, qual será a aposta?

O Brasil é considerado o quarto mais importante mercado de alimentos saudáveis do mundo e cresce em torno de 20% por ano, enquanto a média global é de 8%, o que indica que ainda há muito a ser explorado por aqui, especialmente para os alimentos plant- based, que já possuem a licença de naturalmente saudáveis.

Em plena pandemia de coronavírus, apesar do cenário econômico nebuloso, consumidores terão uma preocupação ainda maior com a saúde e isso pode ajudar a manter este segmento em crescimento no período pós-crise.

Uma vez que este mercado em outros países, como os Estados Unidos, já está mais consolidado e conforme falamos no texto anterior, o mercado brasileiro pode tirar uma lição importante: estes produtos deixam o mercado de nicho, para conquistar um consumidor emergente da massa, que se amplifica na busca por saúde, com sabor e conveniência. E claro, preço! (GFI, 2019).

Segundo a pesquisa realizada com nove mil brasileiros pelo The Good Food Institute (GFI), a carne de vaca foi a mais citada por todos, seja como aquela que mais faz falta ou como o produto que mais gostam na forma alternativa, seguida pela carne de porco e do leite e derivados. Isso explica os mercados de substitutos da carne e do leite liderarem em volume o mercado plant-based.

O mercado dos substitutos de carnes vem crescendo, tendo movimentado mais de 19 bilhões de dólares no mundo nos dois últimos anos, segundo a Euromonitor e muito se deve ao interesse por novidade dos consumidores, evidenciado pelo aumento em 150% das buscas por “carne vegetal” de brasileiros no Google entre 2015 e 2019, segundo a própria plataforma.

Como falei acima, seja qual for a categoria, depois de SABOR, preço e conveniência são os fatores mais atraentes em alimentos plant-based no Brasil (GFI). Portanto, brasileiros acertaram em cheio quando trouxeram esta variedade na forma de hamburguer e, mais recentemente, na forma de carne módia, que são sinonimos de praticidade. O preço? Bem, este ainda é um papo do futuro, mas com a demanda crescente, é bem capaz que seja um próximo passo.

Um ponto de atenção para as próximas inovações no universo dos substitutos de carne é a lista de ingredientes. Se saúde é um fator de escolha na busca pelo segmento, há aí o risco da desconexão com uma das maiores tendências do mercado: clean label, que se traduz na busca por alimentos mais naturais, com menos ingredientes e menos processados. É aí que reside o desafio atual: ter um produto elaborado com proteína alternativa, que seja saboroso, tenha poucos ingredientes e com um nível de processamento menor. Quem lançar primeiro certamente terá uma gama de consumidores crescentes. E mais: em tempos de crise global, este produto precisa ser competitivo em preço e conveniência.

Já o mercado das bebidas à base de plantas, contribui com 40% do total de alimentos plant-based nos EUA, avaliado acima de 2 bilhões de dólares, segundo dados divulgados pelo Plant Based Foods Association (PBFA). No Brasil, a Consultoria Mordor intelligence calcula que o mercado deverá movimentar mais de US$ 600 milhões em 2020.

Um case marcante nesta categoria é a empresa sueca de bebidas vegetais de aveia, Oatly, já consolidada no mercado europeu. No final de 2016, a marca se lançou em cafeterias nos EUA, depois avançou para os supermercados e hoje está presente em mais de 2000 mercearias e milhares de cafeterias no país.

Um fato curioso, é que as empresas gigantes no setor de lácteos deram um jeito de entrar nesta categoria através de fusões e aquisições, como é o caso da Nestlé com Nature’s Heart, Danone com White Wave, Piracanjuba com Almond Breeze ou mesmo criando a sua própria linha de bebidas vegetais, como é o caso da Chobani, Siggi’s, Fairlife, Mimosa (em Portugal), Arla, entre outros.

Dentro deste mercado, as bebidas de amêndoas despontam com 65% das vendas da categoria nos EUA e a bebida de aveia é o que mais cresce, com um aumento de 686% nas vendas também nos EUA em 2019, segundo Plant Based Foods Association (PBFA). Já no mercado brasileiro, o mesmo se repete segundo dados da Mintel: as bebidas de amêndoas lideram o mercado de bebidas vegetais.

Com as bebidas já estabelecidas, surge a oportunidade para seus derivados, como iogurtes, sobremesas e queijos, com maior destaque para iogurtes que, segundo o PBFA cresceram 31,3% em 2019, atingindo US$ 283 milhões e representando 4% da categoria de iogurtes nos EUA – que no geral caiu 1% e, segundo a Data Bridge Market Research, têm condições de superar os iogurtes lácteos até 2025.

No Brasil, já existem opções de iogurtes vegetais no mercado, como é o caso das marcas Batavo, Fresco, Nomoo e Vida veg, que ainda podem explorar muito este mercado, que vem crescendo a ponto da fabricante brasileira Vida Veg abrir uma nova fábrica para a produção de iogurtes e shakes a base de coco, castanha de caju e amêndoas.

Além dos substitutos de carne e de lácteos, o segmento de snacks tem apresentado lançamentos criativos em ferias internacionais, com tímidos lançamentos no Brasil. Atendendo à busca por um maior consumo de vegetais, sem abrir mão da conveniência e praticidade, o desenvolvimento criativo e saboroso de snacks com brócolis (como os da marca Frispy), grão de bico (como os da Fitfood), chips de homus (como da Picme) e chips de coco (como os da Flormel) busca exaltar a presença dos vegetais no produto, colocando-os como verdadeiros heróis da saúde.

Além de herói da saúde, o produto plant-based muitas vezes é colocado como herói do planeta. Qual a sua opinião sobre isso? Vem comigo discutir no próximo texto!

Autora: Cynthia Antonaccio

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